Книга - Ajoelhado

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Ajoelhado
Shanae Johnson


Para salvar a sua amada quinta para veteranos feridos, Dylan deve de se casar. Maggie precisa encontrar um lar para ela e seus cães com necessidades especiais. Um casamento de conveniência pode resolver os problemas de ambos, mas será que duas almas feridas podem acreditar no poder do amor verdadeiro?

Ela precisava de um lugar para ficar. Ele precisava salvar a sua quinta. Juntos, eles podem fazer um lar.



Sargento Dylan Banks perdeu mais do que apenas uma perna na guerra. A sua noiva e família viraram-lhe as costas também. Agora, ele está determinado a criar um lugar seguro onde guerreiros feridos como ele se possam curar. Mas uma lei de zoneamento oculto exige que todos os residentes da Quinta Coração Roxo se casem. Para salvar o seu sonho, Dylan e os seus homens terão que se casar - mas pode um homem com cicatrizes tão profundas por dentro e por fora acreditar de novo no amor?



Maggie Shaw perdeu o emprego como técnica veterinária e o apartamento no mesmo dia. Quem diria que o seu senhorio irracional iria expulsá-la por ter quatro cães acima do limite de um animal de estimação? Agora, ela e o seu gangue de cães com necessidades especiais estão com problemas. Então o destino a coloca no caminho de Dylan com uma proposta que parece boa demais para ser verdade - mas o seu coração pode suportar um casamento de conveniência sem amor?



Dylan anseia por alcançar o toque de cura de Maggie, mas ele mantém distância, convencido de que as suas feridas são profundas demais para o seu abraço. Maggie vê além dos ferimentos de Dylan, mas se ela falhar em capturar o seu coração, os dois podem perder tudo: os seus amados animais, a sua quinta e um ao outro.



Descubra se o amor pode realmente curar todas as feridas neste romance alegre e doce de arranjos convenientes que se desdobram em amor duradouro. Ajoelhado é o primeiro de uma série de contos de casamento de conveniência apresentando guerreiros feridos que são curados com o poder do amor.








Ajoelhado




Contents


Capítulo 1 (#u989b0981-77c5-5d1c-9d61-5eb762744ec4)

Capítulo 2 (#uc6308b30-1f84-59b3-9d22-95cbdfce7c53)

Capítulo 3 (#u27892ee8-344e-5400-858c-18de92b316e9)

Capítulo 4 (#ubaf8b291-96f3-55a1-b259-6f97939bec55)

Capítulo 5 (#u3ee0ba31-74f6-5103-ae52-76af91b023f1)

Capítulo 6 (#u457348e4-dc34-5ef9-8ab3-32e031889931)

Capítulo 7 (#u34e0ed47-791f-594a-9908-ce6a5337a37b)

Capítulo 8 (#u2f9ae5a2-e548-5608-810c-3dacd5af33be)

Capítulo 9 (#u2e646241-7405-5326-b7fc-d394a4a281f1)

Capítulo 10 (#uac2f22c2-f1de-540e-8baf-22d76c8b6497)

Capítulo 11 (#ucb2003de-bbb2-57f6-81d1-fe6ab47cc380)

Capítulo 12 (#ucfee5836-bcad-57b6-8ad1-3e8d0ac63b5e)

Capítulo 13 (#udcca5e74-a97c-5b44-a64e-e36635d620c6)

Capítulo 14 (#udefe9c7c-6f24-5c2a-9566-00adc51fdaef)

Capítulo 15 (#ue8605c3d-50b7-54d8-8887-bd888f5f2729)

Capítulo 16 (#ud4a40a8e-2308-5f1e-8209-89c7961681ae)

Capítulo 17 (#u73fee60a-571d-5f36-89a0-b4c1f5a56f6a)

Capítulo 18 (#ud7248f4e-e7ab-5a63-9837-d90d3faaeea1)

Capítulo 19 (#u75818083-f93d-5b7b-9a27-72da7f54733d)

Capítulo 20 (#ub14633fb-756f-53b5-800b-522467abc4be)

Capítulo 21 (#u8107aa1c-4a43-50b0-8c22-188913349e2d)

Epílogo (#u53c6b52b-94b9-5186-9a83-9f4a1b014ed2)


Este romance é uma obra de ficção. Todos os personagens, lugares e incidentes descritos nesta publicação são usados ​​ficcionalmente ou são inteiramente fictícios. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida, em qualquer forma ou meio, exceto por um revendedor autorizado ou com permissão por escrito do autor.



Fabricado nos Estados Unidos da América

Primeira Edição Outubro 2018




Capítulo Um


O som dos cascos a baterem na terra trouxe-lhe à mente o som do fogo de artilharia. Era um som que Dylan Banks conhecia muito bem. Ele passara os últimos cinco anos numa zona de guerra. Todos os dias, durante esse tempo, ele pudera olhar para cima e ver o céu azul-celeste, colinas ondulantes de areia ou campos de flores em tons pastel. Era uma piada cruel. A guerra não deveria ser bonita.

Aqui, o céu era azul. As terras agrícolas estendiam-se. O som dos cavalos a trote e a galope não era a única coisa que o lembrava da guerra. Os seus homens também estavam lá. Os que sobreviveram, claro.

Aqueles que escaparam com vida perderam muitas coisas. Família, amigos, uma parte do seu corpo, uma parte da sua alma. Mas este lugar, a Quinta do Coração Roxo estava a curá-los.

Ele observou e pegou no sigilo da quinta. Era uma flor roxa com pétalas arredondadas. A flor parecia, claramente, um coração. Os veteranos que agora habitavam o santuário passaram a chamar-lhe Quinta do Coração Roxo, em homenagem às cicatrizes e feridas que cada um trouxe consigo para casa.

Dylan empurrou o seu cavalo e a si próprio para andar mais rápido. O doce ar da primavera atingiu-lhe o rosto. Empurrou o seu corpo para além do que os médicos disseram que seria capaz de fazer. Os seus quadris tiveram que trabalhar para absorver e controlar o movimento do cavalo. Ele sentiu os músculos poderosos do cavalo a estimularem os seus, dando-lhe a força de que precisava para se curar.

Ele não acreditava que a cura fosse possível quando acordou num hospital militar e descobriu que já não era um homem completo. Mas ele estava a recuperar uma parte de si mesmo, agora, na Quinta do Coração Roxo. Todos eles estavam.

Este lugar tinha-se tornado um santuário para os feridos. Um lugar onde eles não precisavam de se esconder dos seus pesadelos, adormecidos ou acordados. Ele não estava de boas relações com Deus, desde a sua alta. Mas quando colocou os pés na quinta e montou o seu primeiro cavalo, percebeu que Deus lhe tinha dado um novo propósito.

Os médicos militares salvaram-lhe a vida, mas a hipoterapia devolveu-lha. A prática de fazer cavalgadas como terapia para movimentos debilitados foi o que realmente trouxe Dylan de volta à vida, após a guerra e os seus ferimentos.

Ele adorava andar a cavalo. Adorava estar nesta quinta. Adorava já não precisar de se esconder sob um lindo céu. Depois do inferno que ele e os outros homens tinham visto, a Quinta do Coração Roxo era o mais próximo do céu que teria.

Com um puxão nas rédeas, Dylan incitou o cavalo a um trote lento. Voltaram para a área de treino, onde Dylan desmontou. Se já tinha sentido uma pontada de dor antes, sentiu uma batida definitiva ao levantar a coxa para cima e sobre o dorso do cavalo. A prótese projetou-se como um polegar dorido quando fez aquilo e os músculos dos seus quadris e coxas gritaram.

O treinador, Mark, conteve-se. Ele sabia que não devia oferecer a mão aos orgulhosos guerreiros. Mas também sabia quando ignorar o seu orgulho e intervir para lhes prestar um cuidado extra.

Embora Dylan estivesse magoado, hoje, ele não precisava de cuidados extras. Ele abaixou-se cuidadosamente até ao chão. usando principalmente a força da parte superior do seu corpo. Ficou embaraçado, por um momento, até se orientar, e então acenou com a cabeça para Mark.

O treinador apenas balançou a cabeça. Não se incomodou em discutir ou tecer comentários. Mas outro homem fê-lo.

"Você demorou um pouco mais do que devia, soldado."

Dylan olhou para baixo, para o Dr. Patel. Embora Dylan tivesse uns bons 40 centímetros a mais do que o homem mais velho, o Dr. Patel tinha, ainda assim, uma presença dominante. Ele sorriu, mas os seus olhos eram severos e penetrantes, não perdendo nada. A sua voz era repreensiva, mas ao mesmo tempo paternal, com o sotaque cadenciado da sua terra natal, a Índia.

"Eu aguento", disse Dylan enquanto se movia em direção ao homem. Tentou esconder uma careta enquanto a sua perna protética dobrava.

Dylan sabia que não tinha enganado o psicólogo que o observava com uma sobrancelha levantada. "Só porque você aguenta, não significa que devia fazê-lo."

O homem mais velho aproximou-se, mas, tal como Mark, o Dr. Patel sabia que não devia oferecer ajuda, a menos que fosse absolutamente necessário. Dylan garantia que nunca fosse necessário. O problema não exigia uma mão, apenas um reajuste da sua carga.

O encaixe da sua prótese, provavelmente, estava solto. Ele ficou parado e desnudado, a empurrar o coto até ouvir os cliques reveladores da ficha a reconectar-se com o forro.

"A patroa e eu estamos a dar-nos bem", disse Dylan, referindo-se à prótese, enquanto se endireitava para a sua altura natural. A perna protética deu-lhe um centímetro extra. Pelo menos, isso era um benefício.

"O seu corpo está a curar-se", disse o Dr. Patel. "Todos os homens aqui estão bem fisicamente. Mas vocês também têm que curar os vossos corações. O amor cura as feridas internas."

Dylan já tinha ouvido este discurso do homem antes. Ele tinha concordado com a terapia para a mente. Depois de tudo o que passou, reconheceu que precisava de alguém para conversar sobre os horrores do combate. Mas não gostava quando o bom médico o mirava no coração.

"Talvez você devesse trazer a sua família para aqui?" sugeriu o Dr. Patel.

Dylan balançou a cabeça. Ele não tinha qualquer desejo de ver a sua família. E eles tinham deixado claro que, agora que ele era meio homem, estavam muito bem sem ele.

"Ou talvez sair da quinta para um encontro?" ofereceu o Dr. Patel.

Nenhum dos veteranos que estavam na quinta saía para namorar. Bem, exceto o Xavier Ramos. Ramos ainda tinha todos os seus membros e a sua aparência intacta. As mulheres com quem ele saía nunca viam os seus ferimentos, a menos que ele tirasse a roupa.

"Embora eu ainda seja cético sobre namoro através de aplicações telefónicas e programas de computador", disse o Dr. Patel. "No meu país, confiamos nos nossos idosos para nos encontrar parceiros de vida."

Dylan tinha encontrado a Sra. Patel, várias vezes. Aquecia-lhe, sempre, o coração ver o casal junto. Cada um deles tinha muito cuidado um com o outro, trocando sorrisos secretos e reparando em pequenas coisas.

Dylan sempre se imaginara assim afortunado. Mas a mulher a quem oferecera o seu anel, devolveu-lho antes mesmo de ele deixar o hospital. O seu ferimento não tinha permitido que fosse atrás dela. Nem o seu orgulho. O seu coração não tinha feito disso uma prioridade.

"Não estou à procura de amor agora", disse Dylan. Ele, convenientemente, omitiu as palavras.

Ele não estaria à procura de amor, nunca mais. Se a sua própria família não conseguira amá-lo, se a sua noiva o deixara depois de ver no que ele se tornara, como poderia uma estranha amar o homem em que se transformara para o resto dos seus dias.

"Esse é o problema do casamento arranjado", disse o Dr. Patel. "Você consegue, primeiro, o parceiro. O amor chega com o tempo."

"Está pronto para começar a nossa sessão?" Dylan perguntou, apontando o caminho para o escritório do Dr. Patel, tentando desviá-lo para um assunto diferente. "Tenho tido alguns pesadelos."

Ao contrário de alguns dos outros veteranos da quinta, Dylan nunca tinha pesadelos. O seu sono era escuro e sem sonhos.

Mais uma vez, o Dr. Patel não se deixou enganar, mas deixou Dylan conduzi-lo ao seu escritório. Dylan sabia que o velho tinha boas intenções, mas este não era um caminho que quisesse seguir. Já tinha sido ferido o suficiente nesta vida.




Capítulo Dois


Maggie olhou para o animal adormecido, na mesa de cirurgia. As luzes brilhantes do teatro cirúrgico iluminaram a sala, sem lançar sombras sobre a sua atuação. A lâmina, na sua mão, não estava a fazer a sua magia habitual, e ela não tinha mais truques na manga. O cão perderia ambas as patas traseiras.

Embora o cão estivesse a dormir, o seu lábio inferior tremia como se soubesse o que estava para acontecer. Parecia que tentava manter o lábio superior rígido diante da adversidade. Ela, melhor que ninguém, entendia isso. A vida tinha espancado o pequenote e tinha-o cuspido de volta para que lidasse com isso sozinho. Não tinha etiqueta. Nem coleira. Tinha sido deixado na porta da clínica veterinária, algures no início da manhã. Maggie tinha chegado a tempo de ver o animal a sangrar nos degraus imaculados. Ele olhou-a com cautela, cansado demais para rosnar. Os seus olhos simplesmente fecharam-se, resignados, enquanto esperava que ela lhe fizesse o pior. O que ela fez foi pegar-lhe ao colo e começar a trabalhar.

O cão poderia contar a sua própria história de vida como se fosse a de Maggie. Embora ela nunca tivesse sido espancada fisicamente, tinha levado mais do que a sua cota de golpes emocionais. Tinha sido abandonada pelos pais quando estava na escola primária. Literalmente, enquanto ela estava na escola primária. Eles, simplesmente, deixaram-na lá e nunca mais a foram buscar.

Ela entrou no sistema de adoção, à espera deles. Eles nunca mais voltaram.

No início, ela achou que era normal. Ela sabia que muitos animais abandonavam os seus filhos muito jovens. Mas esse raciocínio não durou muito, uma vez que continuava a ver outros pais ir buscar os seus filhos à escola, colocando-os no carro e levando-os para casa. Ela vira irmãos e crianças da mesma vizinhança, ou crianças com interesses idênticos formarem matilhas e ficarem juntas, atacando qualquer criança que fosse solitária.

Maggie sempre fora sozinha. As outras crianças no sistema de adoção ou não a aceitaram no seu grupo ou foram adotadas e nunca mais voltaram. Maggie nunca tivera um bando; não um humano, pelo menos.

Nenhum adulto jamais a defendera. Ela tinha sido deixada a apodrecer no sistema, nunca tinha encontrado uma família que a adotasse como sua. Ela fora adotada, ou outra palavra para designar salário ou mão de obra barata, até atingir a maioridade, se recompor e sair do círculo vicioso.

Mas este pobre cão já não conseguia ficar em pé devido aos seus ferimentos. Nunca mais voltaria a correr. Ninguém iria querer um cão deficiente. Não tinha ninguém para defendê-lo e agora seria descartado, permanentemente.

Maggie baixou a lâmina e pegou na agulha cheia de líquido azul. O pentobarbital seria misericordioso para a pobre criatura. Ela sabia disso. Tinha visto inúmeros casos começar com uma ferida ou doença diferente e acabar naquela mesa, sob aquelas luzes, no meio de uma sala de cirurgia, sem ninguém a assistir ou a importar-se com o espetáculo.

"Maggie, vamos apressar isto. Eu tenho um chá marcado para as 14h no campo de golfe."

O Dr. Art Cooper era o dono do teatro em que Maggie atuava. Ele tinha um roteiro para momentos como este e a história terminava sempre da mesma maneira.

"Injete lá o rafeiro para eu poder fechar a loja." Ele disse as palavras sem olhar para ela ou para o animal, no fim da sua vida.

Um som do outro lado da porta fez o Dr. Cooper erguer os olhos. Ele virou o rosto interessado quando uma das novas enfermeiras veterinárias passou. Ele sorriu-lhe, claro. Tinha que manter a fachada de que era um ser humano decente.

Um segundo depois, o seu rosto interessado transformou-se num rosto animado quando uma cliente lhe apresentou o seu gato artrítico, fedorento e velho. Era uma cliente muito boa; comparecia a todas as exibições que ele sugeria, comprando a marca mais cara de ração para animais de estimação à venda naquele mês e sempre pronta para dar uma vista de olhos nas mais recentes ofertas de seguro para animais de estimação. No momento em que a senhora do gato e o seu gato se foram, a expressão animada desapareceu-lhe do rosto e foi substituída por nojo.

Maggie odiava o homem. Como podia alguém trabalhar com animais e não cuidar deles? Todos eles não passavam de um cheque de pagamento para ele. Como técnica veterinária, tentava fazer o possível para não ser tão insensível.

Ela realmente não tinha luxos. Definitivamente, não os suficientes para poder cuidar de outro animal ferido. Maggie baixou os olhos sobre o cão adormecido que estava sobre a mesa. Uma única lágrima escorreu-lhe pela bochecha e as comportas abriram-se.

Maggie ergueu os olhos para o Dr. Cooper e esboçou um sorriso que rivalizava com a sua vontade. "Porque não vai indo? Eu posso tratar disto e fechar a loja por si."

O Dr. Cooper olhou para ela, com desconfiança. Depois, olhou para o cão. "Não vamos ter outro problema, pois não? Você já teve uma advertência, mais uma e mando-a embora."

Isto era típico de médico, considerados como sendo das pessoas mais inteligentes. A última vez que Maggie fora convidada a abater um cão, escapou-se com ele pela porta dos fundos da clínica. Ele estava, agora, a descansar confortavelmente em sua casa. Provavelmente, no seu armário, numa pilha de sapatos.

"Este animal não terá qualidade de vida", dizia Cooper. "Custaria centenas de euros por mês mantê-lo."

Será que uma vida não valia isso, apeteceu-lhe dizer. Mas não o fez. Em vez disso, disse a verdade. "Eu entendo. Aprendi a minha lição. Preciso deste trabalho para cuidar dos animais que tenho."

Ela tinha quatro cães, todos com ferimentos e doenças graves e, para cuidar deles, gastava mais do que o aluguer. Se ela perdesse o emprego, não teria dinheiro para cuidar deles ou lhes dar um teto.

Maggie pegou na agulha e deu-lhe alguns toques com o dedo indicador.

Dr. Cooper olhou para a hora. Depois, olhou para ela. Já estava atrasado para o seu chá, como ela sabia que estava. Calçou as suas botas de crocodilo caras e saiu pela porta.

Maggie suspirou de alívio e baixou a agulha. Ela enfaixou o cão. O dano já estava feito muito antes de ela o ter encontrado e a cura já tinha começado. Agora, ela só precisava de lhe curar o espírito, enquanto lhe tratava o corpo.

Maggie envolveu o cão num cobertor e foi até à parte de trás. Estava quase fora da porta a dobrar a esquina. O Dr. Cooper ergueu os olhos do relógio para ela. E, claro, foi então que o cão decidiu acordar da sedação e começar a latir.

Foi um latido baixo e grogue que ela poderia interpretar como o seu próprio estômago a roncar. Ela tinha perdido, novamente, a hora de almoço. Mas não tinha desculpa para o fio de líquido que escorria do cobertor para as botas caras do Dr. Cooper. Na verdade, até sentiu satisfação.

O cão era um bom menino. Ela não tinha a certeza de como o alimentaria e cuidaria dele agora que estava desempregada, mas ia ficar com ele.




Capítulo Três


Dylan regressou aos estábulos, depois da sua sessão com o Dr. Patel. O bom médico não o tinha pressionado sobre os falsos pesadelos. Mas também não tinha continuado, exatamente, com a discussão sobre namoro. O que ele fez foi muito pior. Conversou com o Dylan sobre o término do seu noivado.

Hilary Weston tinha sido a rapariga da porta ao lado. Mas a porta ao lado ficava um andar abaixo da penthouse de um dos edifícios residenciais mais exclusivos da cidade de Nova York. Vivendo na casa por cima da dela, vendo-a a aprumar-se na casa por baixo da dele, era inevitável que um dia ela acabasse nos seus braços.

Hilary foi a primeira em tudo para Dylan. A sua primeira paixão. A sua primeira namorada. A sua primeira ... tudo.

Ela não ficou feliz quando ele anunciou que queria ir para o exército. Com o dinheiro da sua família e o seu fundo fiduciário, Dylan poderia ter-se sentado sobre os louros durante algumas vidas. Mas ele sentiu-se chamado.

Partiu com promessas de fazer apenas uma missão e depois voltar para um casamento tão grandioso quanto ela desejasse. Eles costumavam brincar a dizer que ela teria todo o tempo da sua missão para planear o evento social da década. Mas quando Dylan voltou coberto de hematomas e sem um membro, Hilary fez outros planos.

Para ela, não importava que ele fosse capaz de a sustentar financeiramente, ela era uma herdeira por direito próprio. Para ela, não importava que ele fosse um herói de guerra. Ela era uma queridinha da sociedade, constantemente nas páginas das revistas cor-de-rosa. As aparências importavam para Hilary Weston, e ter um guerreiro ferido, coberto de hematomas e sem um membro, não dava boa aparência.

Ela tinha deixado a porta bater atrás dela, quando saiu do quarto do hospital militar. Tinha ficado noiva de outro homem e casado com ele, nos últimos seis meses. Dylan ouvira dizer que ele era um tipo de celebridade do momento, e agora Hilary também o era.

Ele gostava de pensar que se tinha esquivado de uma bala. Mas tinha-se esquivado delas, na vida real. A rejeição dela tinha doido.

Mas aquela vida acabara. Esta era a sua nova realidade. E era uma em que ele prosperava.

Dylan deixou as suas lembranças amargas e olhou à volta da quinta. Desistira da alta sociedade para limpar as baias e cultivar a terra. Foi a melhor decisão da sua vida.

A Quinta era reduzida antes de ele investir nela com o equivalente a uma pequena parte da sua herança. Os seus pais recusaram a ideia até que perceberam que o seu filho deformado estaria melhor afastado da sociedade e dos seus olhos. Tal como Hilary, os Banks queriam manter as aparências. Um soldado condecorado servindo o seu país parecia bem. Um manco amputado, não.

Pela segunda vez, naquele dia, o som de cascos lembrou-lhe o fogo de artilharia. Mas Dylan não sofria de PSPT, no sentido normal. Foi apenas o trauma da sua família que o afetou. Então, ao ver Sean Jeffries a andar a trote, só conseguiu sorrir para o homem.

Jeffries voltou para casa da guerra com todos os seus membros. Mas, como todos os homens da quinta, deixou um pedaço de si mesmo para trás, na zona de guerra. Jeffries baixou a cabeça em saudação, puxando o chapéu de cowboy para baixo, sobre a testa morena. Tons escuros cobriam o seu rosto. Os óculos de sol envolviam o homem moreno, sobre o corcel, numa sombra completa. Jeffries não gostava que as pessoas olhassem para as cicatrizes do seu rosto.

Ainda assim, Jeffries manteve a postura ereta e a cabeça erguida. A vida parecia diferente vista de cima de um cavalo. A terapia não apenas o ajudou a melhorar as lesões físicas, mas também a melhorar o equilíbrio, o controle e a coordenação da mente. Ter o controlo de um grande animal e recuperar o controlo de si mesmo aumentou-lhe a autoestima e deu-lhe uma sensação de liberdade.

A quinta não oferecia apenas terapia a cavalo. A jardinagem ajudava nas funções sensoriais e táteis. Tarefas como empurrar um carrinho de mão, remexer, sachar, tirar ervas daninhas, plantar e até mesmo arranjar flores, tudo isto construía ou reconstruía as habilidades motoras

Reed Cannon estava de joelhos no jardim. Cannon movia a terra para o lado e plantava as flores, espaçando-as uniformemente. Os dedos de uma mão trabalhavam o solo fértil, enquanto os outros permaneciam rígidos contra a terra. A mão rígida era uma prótese. Tinha perdido a verdadeira na mesma explosão que tirara a perna a Dylan.

Dylan caminhou pelo refúgio, passando pelos campanários roxos que deram o nome à quinta. Não havia apenas flores e hortas, neste santuário. Havia também um jardim de borboletas que oferecia paz e tranquilidade aos veteranos. Este lugar não proporcionava apenas cura mental e física, mas também emocional. Dylan e os outros homens tinham construído acessos para cadeiras de rodas para o tornar acessível a todos.

Os veteranos mais velhos também iam à quinta em busca de ajuda, tratando guerras antigas, mas cujas cicatrizes ainda estavam frescas. Dylan esperava que um dia pudessem abrir a quinta a jovens problemáticos e cuidar deles como precisavam, para terem a possibilidade de um futuro brilhante. Portanto, não, ele não lamentava deixar a alta sociedade para trás. Esta era a sociedade que ele queria criar.

Quando Dylan saiu dos jardins, o cheiro de gado chegou-lhe ao nariz. Francisco DeMonti movia-se entre as ovelhas. Cuidar de pequenos animais ajudava os homens a aprenderem novamente a relacionarem-se com os outros. Os animais eram os espécimes perfeitos. Muitos ofereciam amor incondicional, especialmente se houvesse comida na mão estendida.

Fran não tinha cicatrizes visíveis. As suas feridas eram todas internas e ainda existia uma boa possibilidade de o matarem.

"Foi bom o passeio esta manhã?" perguntou Fran quando saiu do recinto e se juntou a Dylan em direção aos edifícios principais.

Dylan acenou com a cabeça.

"Recebi uma chamada de um velho amigo do centro de veteranos", disse Fran. "Eles querem saber se poderíamos abrigar mais alguns soldados?"

"Nós temos espaço."

Havia alojamentos na quinta. A maioria dos soldados não ficava após o término da terapia ou reabilitação. Muitos tinham famílias para as quais voltar, ou descobriam que uma vida a longo prazo na quinta não lhes agradava. Os cinco veteranos que tinham feito da quinta a sua casa, não tinham esse luxo ou não queriam voltar para ele. Para eles, esta era agora a sua casa.

"Vamos trazer qualquer um que precise de ajuda", disse Dylan.

E eles podiam, com pouco ou nenhum custo. Entre as suas pensões, que Dylan não deixou ninguém gastar, a ajuda do governo, que aplicou para dar um aumento salarial a todos os trabalhadores, e o seu fundo fiduciário, que cobriu a maior parte das despesas, eles nunca precisariam de mandar ninguém embora. Ao contrário do que tinha feito a sua família.

"Tenham uma boa noite, rapazes", disse o Dr. Patel. O homem dirigiu-se para o carro, com a pasta numa das mãos e a Bíblia na outra. Além de ser um psicólogo licenciado, ele também era um homem da batina.

"Vai para a igreja?" perguntou Fran.

"Sim, vou." Dr. Patel sorriu. "Há espaço no banco do passageiro, se quiser acompanhar-me."

"Para uma próxima", disse Fran.

Dylan permaneceu mudo. Ele ainda não tinha curado o seu relacionamento com o homem lá em cima, e não estava pronto para começar agora. Mas o Dr. Patel, simplesmente, fez aquele sorriso bem conhecido dos dois. Se Dylan não o respeitasse tanto, ficaria irritado com a sua atitude otimista, paciência perpétua face à adversidade e certeza consistente em todas as coisas.

Quando o Dr. Patel abriu a porta do carro, outro carro parou. Era um modelo de luxo, caro. Por um momento, Dylan perguntou-se se seria o seu pai. Mas ele sabia que o seu pai nunca deixaria Manhattan para ir para o meio do nada, na América.

O homem que saiu do carro vestia um fato caro. O conjunto era fora de série sem ser feito por medida. O seu pai nunca seria apanhado vivo em algo que não fosse feito, especialmente, para ele. Dylan reconheceu o homem como Michael Haskell, o agente imobiliário da quinta.

Haskell foi direto ao ponto, sem rodeios. Ele não se preocupava com subtilezas e detalhes sem importância. Dylan já estava a arrendar o terreno há quase um ano, esperando que a venda fosse concluída. Restavam apenas alguns pequenos detalhes até que a escritura estivesse nas mãos de Dylan.

"Temos um problema", disse Haskell. "O terreno foi originalmente designado para uso familiar. A venda não será realizada a menos que sejam constituídas famílias aqui."

"Esta unidade de soldados é uma família", disse Dylan.

"Esta unidade é um grupo de homens", disse Haskell. "Nenhum dos quais é casado."

Dylan não conseguia entender: como é que isso era um problema? Ele estava a comprar um terreno, não um parque de diversões. O que importava quem vivia na terra?

"Como damos a volta a isso?" perguntou Fran, sempre muito prático. "Podemos mudar o zoneamento?"

“Levaria meses para mudar o zoneamento e seria preciso desocupar enquanto se fazia isso”, disse Haskell. "Suponho que nenhum de vocês se vai casar tão cedo?"




Capítulo Quatro


"Eu deixei-a continuar com dois cães quando as regras estabelecem, claramente, um cão pequeno. Nos últimos dois anos, você juntou quatro cães e apenas dois deles são pequenos."

Maggie embalou um dos cães pequenos nos braços enquanto o seu senhorio falava. Soldier tinha perdido a pata dianteira após ser atropelada por um carro. Ela tinha sido levada para a clínica veterinária durante o primeiro mês de Maggie por lá. Ela tinha conseguido curar Soldier, amputando-lhe a perna mutilada e ensinando-a a andar sobre três pernas. A cadela recuperou, mas ninguém a veio buscar nem a recebeu numa nova casa. Estava destinada a ser sacrificada, mas, de alguma forma, desapareceu magicamente antes do seu encontro com a morte.

Maggie colocou Soldier no chão de madeira da entrada. As suas unhas tilintaram enquanto passeava pelo chão, claramente não gostando mais da companhia do Sr. Hurley do que ele gostava da dela.

Os outros três cães a que o Sr. Hurley se referiu mantiveram distância. Eles eram, tipicamente, um grupo muito amoroso, ansioso para cumprimentar novas pessoas e fazer um novo amigo humano, quando alguém aparecia ou quando estavam em público. Mas eles sabiam instintivamente que o Sr. Hurley não era do tipo amigo.

"E agora você está a acolher um quinto?" perguntou o Sr. Hurley.

O quinto cão encolheu-se sob a mesa de centro. Ele tinha recuperado bem da cirurgia e ficou curioso, no dia seguinte. Maggie equipou-o com uma cadeira de rodas canina que ela mesma fabricou. O cão levou apenas um dia para dominar o aparelho e agora voava pelo pequeno apartamento dela. Maggie chamou-lhe Spin.

Maggie aproximou-se e pegou no Spin. Depois, virou-se e encarou o seu senhorio com o seu sorriso mais vitorioso. Era tudo o que ela podia pagar, já que já não tinha emprego para pagar o aluguer. Ela esperava que o rosto doce do pequeno Irish Terrier conquistasse o Sr. Hurley.

"Eles nunca lhe causaram problemas", disse ela enquanto esfregava o seu rosto no rosto do Spin. O cão deu-lhe uma lambida apreciativa e depois escondeu a cabeça sob o queixo dela. "Você mal se apercebe da presença deles."

Os seus cães não ladravam muito. Maggie sabia que eles tinham aprendido que elevar a voz podia levar a um ataque de um humano. Então, ficavam quase todos quietos.

Ela não mencionou que Stevie, o seu rottweiler parcialmente cego, tinha arranhado os armários da casa de banho. Ou que Sugar, o seu diabético Golden Retriever, tinha vomitado no quarto tantas vezes que Maggie tinha perdido a capacidade de sentir o odor.

Mas não foi necessário. O Sr. Hurley não se comoveu com os seus olhos de cachorrinho. "Isso não vem ao caso. Você está a quebrar as regras. Eu teria deixado que ficasse com dois cães, mas não com cinco. A menos que possa seguir as regras e ter apenas um cão pequeno, terá que encontrar um novo lugar para viver."

"Você não pode estar a falar sério?! Eu não posso escolher entre os meus cães."

"Encontre-lhes um bom lar com outras famílias."

Aquilo não tinha funcionado da primeira vez. Era por isso que estavam todos lá. A maioria das pessoas solteiras e famílias com crianças não estava interessada em aceitar um animal mais velho ou ferido. Todos queriam filhotes recém-nascidos, que corressem com as quatro patas e tivessem energia suficiente para apanhar uma bola.

E ela sabia por experiência própria que não poderia colocar os cães num abrigo enquanto encontrava um novo lar. Eles seriam sacrificados antes do final da semana. Isto é, se ela conseguisse um novo emprego para arranjar um teto onde ficar, comida para os alimentar e os remédios que precisavam.

O que podia fazer?

O Sr. Hurley foi embora sem dizer uma palavra, surdo aos protestos dela.

Isto foi um rude golpe. Um golpe que ela sabia que era possível. Já há algum tempo que ela quebrava as regras. Mas não tinha acreditado que ele fosse, realmente, capaz de a expulsar. Agora, percebeu que o seu tempo tinha acabado. Ela não tinha emprego e agora não tinha onde morar.

Mas não ia desistir. Ela nunca tinha desistido. Não importava o quão desoladora fosse a situação. Sempre encontrara uma solução.

Um por um, Maggie empilhou os cães na traseira da sua carrinha. Ela teve que colocar os cães em caixas enquanto dirigia para que eles não se aleijassem mais. Soldier, o Chihuahua, Star, o Pug e Spin foram para a parte de trás. Spin não ficou nada feliz por estar confinado e começou, imediatamente, a chorar. Maggie precisou de um momento para o acalmar com um brinquedo de mastigar, depois empilhou Sugar, o retriever, no banco atrás do condutor e guiou Stevie, o seu rottweiler parcialmente cego, para o banco de trás.

Com a matilha toda carregada, ela ligou o carro e dirigiu-se ao único lugar que se lembrava. A igreja. Precisava de um milagre para sair desta.

A igreja ficava nos confins da cidade, resguardada como se fosse um segredo. Mas a congregação tinha um bom tamanho, sempre tinha tido desde que Maggie a começou a frequentar quando era adolescente. Ao lado da igreja, ficava a casa grupal, fria e cinza, onde Maggie passara a maior parte da sua juventude. Estava uma irmã monótona e pouco atraente ao lado do tijolo vermelho e do acabamento branco da igreja.

A igreja era o lugar onde Maggie encontrava consolo nas suas noites sombrias. Ela orou a Deus para trazer os seus pais de volta. Quando essas orações não foram respondidas, ela orou por uma nova mãe e um novo pai que a amassem. E até quando essas orações não foram respondidas como ela esperava, Maggie nunca desistiu porque, em algum momento, enquanto estava de joelhos nos bancos da igreja, olhara à sua volta e percebera que as pessoas da igreja se tinham tornado a sua família.

Maggie parou no estacionamento, perto dos fundos da igreja. Um por um, ela tirou os seus cães e levou-os até ao relvado onde muitos piqueniques de verão tinham sido realizados. O pastor David era um amante de cães. Ele e Maggie uniram-se por causa do seu amor pelos animais quando ela era jovem. Ela esperava que o pastor David a adotasse, mas ele era solteiro e assim permaneceu por toda a vida. Mesmo assim, ele sempre lhe deixara a porta aberta. E essa política de portas abertas continuou, mesmo depois da sua morte.

"Aqui está a minha veterinária favorita."

Maggie virou-se ao som da voz familiar. O seu sorriso era grande e os seus braços abriram-se antes de ver o pastor Patel.

"Aqui está o meu psiquiatra favorito."

Os dois abraçaram-se. Quando o abraço terminou, Maggie deu ao homem um aperto extra. Já passara muito tempo desde que tinha sido acarinhada, e ela precisava de carinhos hoje.

O pastor Patel afastou-se, mas segurou-a. Ele não fez perguntas. Apenas inclinou a cabeça, olhando para ela com aqueles olhos castanhos claros e esperou.

"Estou bem." Ela acenou devido à preocupação dele, mas as lágrimas já se tinham formado nos seus olhos.

Maggie nunca chorava. Como criança adotiva a morar em grupo no lar, sabia que era inútil. Não teria nenhum carinho extra por isso. Quando foi colocada num lar adotivo, sabia que era inútil. Os seus pais adotivos não se importavam com ela, sabiam apenas que ela era outro salário para eles e que tinha idade suficiente para cuidar do resto da sua prole adotiva.

Mas, tal como o pastor David, o pastor Patel sempre cuidou dela. E ele sempre tinha sido capaz de fazer com que ela desabafasse os seus sentimentos.

"Acabei de ter a pior semana", disse ela. Como se a ouvisse a falar sobre ele, Spin veio até a perna dela, a roda parando quando ele olhou para ela, como que a desculpar-se.

"Vejo que tens um novo membro na matilha." O pastor Patel abaixou-se e ofereceu as costas da mão para o Spin. Spin deu uma fungada na mão. Em seguida, uma lambidela. Em seguida, balançou a cabeça, como se reconhecesse que o pastor Patel era uma boa pessoa.

Maggie respirou fundo e desabafou tudo seguido. "Queriam que eu o abatesse porque ele estava ferido. Como não o fiz, despediram-me. E agora o meu senhorio diz que tenho de me livrar de quatro deles se quiser manter a minha casa. Como é que as pessoas podem ser assim cruéis? Eles são a minha família. Só porque estão feridos, não significa que não mereçam amor."

O pastor Patel olhou para ela. Os seus olhos sempre a faziam pensar numa serena estátua de Buda. Ela sabia que ele tinha visto tudo aquilo antes de ela dizer uma única palavra. "Muito bem, minha querida. Um animal ferido é melhor curado pelo amor."

"Eu não sabia a quem mais recorrer", disse Maggie. "Estava à espera de um milagre."

Dr. Patel acenou com a cabeça, os olhos brilhando com alguma revelação. "Acho que posso ajudar."





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Para salvar a sua amada quinta para veteranos feridos, Dylan deve de se casar. Maggie precisa encontrar um lar para ela e seus cães com necessidades especiais. Um casamento de conveniência pode resolver os problemas de ambos, mas será que duas almas feridas podem acreditar no poder do amor verdadeiro?

Ela precisava de um lugar para ficar. Ele precisava salvar a sua quinta. Juntos, eles podem fazer um lar.

Sargento Dylan Banks perdeu mais do que apenas uma perna na guerra. A sua noiva e família viraram-lhe as costas também. Agora, ele está determinado a criar um lugar seguro onde guerreiros feridos como ele se possam curar. Mas uma lei de zoneamento oculto exige que todos os residentes da Quinta Coração Roxo se casem. Para salvar o seu sonho, Dylan e os seus homens terão que se casar – mas pode um homem com cicatrizes tão profundas por dentro e por fora acreditar de novo no amor?

Maggie Shaw perdeu o emprego como técnica veterinária e o apartamento no mesmo dia. Quem diria que o seu senhorio irracional iria expulsá-la por ter quatro cães acima do limite de um animal de estimação? Agora, ela e o seu gangue de cães com necessidades especiais estão com problemas. Então o destino a coloca no caminho de Dylan com uma proposta que parece boa demais para ser verdade – mas o seu coração pode suportar um casamento de conveniência sem amor?

Dylan anseia por alcançar o toque de cura de Maggie, mas ele mantém distância, convencido de que as suas feridas são profundas demais para o seu abraço. Maggie vê além dos ferimentos de Dylan, mas se ela falhar em capturar o seu coração, os dois podem perder tudo: os seus amados animais, a sua quinta e um ao outro.

Descubra se o amor pode realmente curar todas as feridas neste romance alegre e doce de arranjos convenientes que se desdobram em amor duradouro. Ajoelhado é o primeiro de uma série de contos de casamento de conveniência apresentando guerreiros feridos que são curados com o poder do amor.

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